Chuva torrencial, noite chegando, quase na hora de sair para o estúdio.
Cansada, gripada, escrevendo textos para as rádios eis que, de repente, um pensamento se instalou:
– Ah, eu acho que não vou sair hoje. Uma chuva dessa… a garganta pedindo socorro … minha rua alagada … amanhã eu vou.
Continuei na frente do computador ouvindo os e-mails fonados. Foi quando me deparei com a mensagem de uma ouvinte – A Maria.
Numa voz desanimada, pedia conselhos sobre amor. Dizia-se apaixonada por um rapaz que muitas vezes não estava nem ai para ela. Queixou-se da solidão em que andava mergulhada e finalmente, confessou a sua tristeza por não conseguir que eu respondesse ao seu e-mail, sem saber que eu não disponho de tempo suficiente para atender aos muitos ouvintes – isso é uma pedra no meu sapato, mas, fazer o que?
Num impulso, imitando minha doce amiga Monikinha Venerabile, decidi telefonar para a moça.
A princípio, ela não acreditou que era eu ao telefone. Ria nervosa, quase desligou, mas finalmente consegui convence-la.
Após o primeiro momento de euforia, passou a me contar sobre a sua vida, como seu eu fosse aquela amiga mais íntima, sabe? Aquela da infância a quem você pode confiar qualquer segredo?
Naquele momento me senti aquele ombro amigo que hoje nos faz tanta falta, mas anda escasso por conta da correria, da dor, das decepções com a vida e com as pessoas.
É linda essa magia do rádio. Adoro essa família anônima, que nos trata com tanta confiança e ternura, que é tão próxima, ainda que morando por todas as cidades.
Me despedi da Maria. Prometi que responderia o seu e-mail na próxima semana.
Ela, já mais animadinha, riu, brincou, se deu por satisfeita e agradeceu tanto…
Sou eu quem agradece, Maria! Já pensou, ter a chance de merecer esse pedacinho do seu coração? Esse riso solto?
Como diz a música, esse é um amor que não se pede, amor que não se mede, que não se repete.
Desliguei o computador, chupei uma pastilha, descobri um guarda-chuva velho e fui trabalhar.
Tinha que gravar a resposta da Maria, né? E também a resposta do Pedro, do Benedito, da Zezé, da Creuza, do Paulinho, da Ieda, da Aquariana da Penha do …….
Eles estão esperando, a minha família anônima e muito querida.
Até…
Muito bom o texto!
Essa relação de amizade com pessoas não conhecemos que muitas vezes não sabemos somar quantas totalizam é muito lindo, porque você é sempre transparente, simples e amorosa com todos que a sua volta!
Um beijo gigante de mais um admirador não anônimo mas sempre presente em sua vida!
Pablito
Muito legal.Vocês,que trabalham em rádio,que é um veículo de comunicação muito popular,principalmente entre os mais humildes,tem uma importancia muito grande pra todos.forte abraço.
Não poderia ser diferente você sair com chuva! Você ama o que faz! A Maria foi a “injeção” que você precisou naquele momento! E olha que o entardecer estava um caos ! Para quem não te percebe muito talvez achasse que você vai para o trabalho para cumprir expediente…rsrsr NUNCA MESMO! Vai curtindo, pensando no jeito certo de dizer as coisas para os ouvintes desconhecidos porém amigos! Assim é a Glória Britho, astrologa, radialista e uma pessoa totalmente de CARA BOA! è isso, com a chuva, aligação para Maria e a energia do seu trabalho você fez uma cara boa e seguiu seu destino!!!
Oi, Amiga querida!
Como é gostoso fazer e receber essas surpresas. Isso é conecção divina.
Amizade é a Melhor Relação!
Amor que não se mede,
que não se repete…
Bjs
Marta
Glória, que linda sua atitude! Mega-hiper-super-ultra sensível!
PARABÉNS!!!!!!!!!!!
Glória, neste aspecto do trabalho, você lembra a minha mãe, que também se chamava Glória.
Como ela e do mesmo modo que você, faço do meu trabalho um momento de ajuda às pessoas, um instante de alegria a partir de que oriento-as no caminho da vida, dou-lhes uma luz espiritual e um conselho psicológico.
Todo trabalho, feito com amor e satisfação, fazem-nos crescer e evoluir os outros.
Continue Glória assim.
Sendo uma luz para todos.
Sendo uma alegria para cada um.
O seu sorriso e otimismo nos fazem bem.
Beijo.
Chico da Glória