Noutro dia, conversando com minha irmã Eneida, sem que me desse conta disparei a seguinte pérola: “Que culpa eu tenho se não gosto de quase ninguém?”
Mas eu não era assim…
Minha casa era o point de todas as tribos. Organizava os famosos DST’s (Domingos sem Tédio), que tinha até carteirinha de sócio. A casa ficava cheia, brincávamos de mímica, dicionário ou então alimentávamos um tremendo papo-cabeça, jogando MAHA LILA. Eu ia explicar, mas deu preguiça. Recomendo o Google para maiores esclarecimentos.
Esquisito esse negócio de ser radialista e eremita ao mesmo tempo. Se de um lado adoro o meu público, respondo e-mails, dou conselhos sinceros e amorosos, de outro, me flagro adiando clientes antigos, que preferem a intimidade do meu tarot, os olhos nos olhos.
Quero mesmo é ficar na minha, assistindo DVD’s, curtindo filha, marido e gatos, escrevendo meus textos, ou rindo das maluquices de Eneida.
Prefiro a solidão das noites em que caminho nos corredores da rádio, com seus fantasmas tão presentes, envolta em lembranças e silêncios. Mas a visão de um microfone, do Presuntinho, e do Fernando Borges, me acorda desse sonho e eu fico alegre, brinco, gravo e caminho pelo estúdio ansiosa para falar com os ouvintes. E ai me dou conta de que ali eu sou feliz. Espero um dia realizar o sonho de ter um programa só meu, assim, boêmio, fraterno, íntimo, musical.
O que será que aconteceu?
Não, eu não estou mal. Ao contrário, só um pouco mais velha, seletiva, rabugenta, talvez.
Willian Blake disse: “O futuro é o passado voltando por outra porta”. Acho que pode ser isso; quando se tem quase sessenta anos e milhares de clientes atendidos, tantas experiências vividas na própria carne, a contemplação incessante dessas idas e vindas de gente, coisas, situações, muitas vezes me encanta, mas, na maior parte do tempo, é um saco!
Até !
“Não fumar, alimentar-se equilibradamente, evitar carnes vermelhas e gordurosas, praticar exercícios físicos regularmente, dormir número satisfatório de horas, ter a vida regrada, não cometer exageros e excessos, e outras tantas recomendações espartanas já está provado: talvez você não viva mais, mas sua vida vai parecer uma eternidade.
Essa brincadeira sugere, singelamente, que as atitudes necessárias para um modo de vida politicamente correto, podem ser medidas que fazem viver mais, mas nem sempre, melhor. Viver mais, não significa viver melhor, automaticamente, ou seja, quantidade não é sinônimo de qualidade.
Há alguns anos, afirmar que existia uma vinculação direta entre o humor e a boa saúde era quase uma heresia para a ciência. Hoje em dia, a medicina em geral e a psiquiatria, em particular, estudam muito a importância do bom humor, dos bons sentimentos e da afetividade sadia na qualidade de vida e na saúde global da pessoa.
Os efeitos do bom humor sobre a saúde física são tão evidentes que uma boa e sincera risada pode ter a importância de uma sessão de ginástica.”
Enfim, minhas palhaçadas são como um medicamento, mas cuidado, ás vezes eu estou de má vontade…e a palhaçada fica cítrica!! Resumindo…rsrs somos o remédio para nós mesmas!
Adooooooooooooooooooooooroooooooooo
Tem aquela comunidade, da qual pertenço, “Tenho preguiça das pessoas”. Acho q essa preguiça nao é somente inerente aos 60 anos… acontece tb aos 24… as pessoas parecem q ficaram sem graça… superficiais ao extremo… sem nada de muito bom a acrescentar.. claro q nao sao todas…. ainda bem, mas infelizmente uma maioria gritante é assim. A melhor saida é entao darmos mto valor pros poucos que ainda nao nos cansam, e preservá-los para que nunca tenhamos preguiça deles!!!!!
Amiga, te entendo perfeitamente. E confesso que já tinha percebido sua fase ‘low profile”. Fico contente, porém, por saber que vc costuma ter sempre tempo pra mim (até quando??? rsrsr!).
Concordo com vc: selecionar mais é um dos segredos da felicidade!
BEIJOS COM AMOR!